sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Lula: Dois pesos, duas medidas!

Quem não está meio que decepcionado com a negação de extradição do 'bandido' Césare Battisti? Mesmo, e apesar das interpretações jurídicas do caso, não deixa de ser meio frustrante para o povo brasileiro saber que mais um bandido estará bem protegido sob as asas desta terra mãe gentil, que já concede tantos 'direitos' a tantos outros.

Como aceitar a interpretação diferente da mesma lei que autoriza este asilo político e não aos boxeadores cubanos que apenas queriam viver com mais dignidade e ter mais oportunidades em seu esporte?

Ao que parece, dois pesos e duas medidas são utilizados em casos semelhantes. Apesar de entender bem que a formalidade jurídica por vezes autoriza e em outras nega com base em uma simples vírgula, há de se pensar um pouco mais amplo neste caso.

Sabe-se pouco acerca dos que realmente foram punidos nos casos de corrupção envolvendo o PT, que mantinha discurso de punição exemplar nos casos idênticos nos governos anteriores; pouco se ouve falar acerca do Lulinha assumir a direção de uma mega empresa como a OI sem ter capital suficiente para tal, contra a crítica ferrenha de outrora sobre favorecimentos; elege-se uma 'forasteira' política como presidente de nosso país, à despeito de todas as reclamações de uso da máquina e do poder econômico de outras campanhas aonde o PT foi derrotado.

A medida para o peso de nossa justiça parece sempre depender de quem aciona e de quem é acionado. Não há critério específico, nem ao menos interpretação comum das mesmas palavras. Há distorções tendenciosas a todo tempo. Como se costumava dizer na faculdade de Direito, 'Para os amigos, a justiça; para os inimigos, a Lei!'.