quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Aproveitador, eu?

Algumas palavras da língua caem em desuso. Processo normal na evolução de todos os povos. Mas a palavra 'Indignação' é o primeiro exemplo no mundo de uma que se tornou incompetente! Brasileiro, vibre; você fez isso!

Acompanhamos a nova farra que surgiu com o dinheiro público: as absurdas aposentadoria vitalícias concedidas a ex-governadores. Aproveito para agradecer aos ilustres Senadores Álvaro Dias e Pedro Simon pelo favor de nos haverem alertado para o assunto, que vinha tendo tratativas de alcova.

O que mais me chama a atenção é que o Supremo Tribunal Federal - respeitável e atento STF! - já havia declarada inconstitucional a concessão dessas aposentadorias a ex-governadores desde 1997. Como se não bastasse, a Constituição de 1988 já determinava sua extinção. Que base legal foi utilizada pelos deputados estaduais para manterem a legislação de concessão em vigor? Resumindo, as leis estaduais de concessão de aposentadorias vitalícias a ex-governadores são inconstitucionais.

E se tudo isto é correto, aos Governadores e Deputados Estaduais que concederam novas aposentadorias cabem a imputação de crime de desobediência, flagrante que é o descumprimento de determinação judicial superior, e de improbidade administrativa, pelo desrespeito à Constituição. E mais, cabe o reembolso total das verbas percebidas pelos ex-governadores beneficiados por estas aposentadoria, ressarcindo aos cofres públicos o montante global corrigido monetariamente.

Não há outra atitude a ser adotada pela sociedade. Deve-se exigir que todas as ilegalidades sejam reparadas, e o ataque a seus bolso é a maior das penas possíveis.

Lamento as farras com o dinheiro público não darem ressaca; menos ainda a moral!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dilma Laden!

Somente o Julian Assange deve saber ao certo, mas o que se tem de informação é que o Bin Laden foi uma criação dos Estados Unidos para expulsar os soviético daquela região, dando-lhe treinamentos e armas para que sua milícia minasse as bases da antiga União Soviética. O que aquela potência não contava era que este se voltasse contra ela própria, utilizando seu aprendizado para aterrorizá-la.

Este contexto parece estar se repetindo em terras tupiniquins. Com a coroação de Dilma na presidência, imagino que o 'por enquanto ex' presidente Lula deve estar pensando: "O que foi que eu fiz!!!"

A mudança de ministros herdados do governo anterior, as instáveis relações com o PMDB e com antigos partidos aliados, a reabertura da licitação para a compra de caças, a volta da possibilidade de extradição de Battisti e outros tantos assuntículos, que aparentemente estão fugindo do controle do 'por enquanto ex' presidente Lula, devem estar-lhe tirando algumas noites de sono, a ponto de interromper suas 'férias de desempregado' e voltar rápido à cena pública, usando como desculpa a catástrofe do Rio de Janeiro.

Incentivada, treinada, imposta pelo 'por enquanto ex' presidente Lula, Dilma assume seu estilo e já começa alterando formas e contextos pré-preparados pelo seu antecessor, numa clara 'afronta' aos seus ditames. O plano do 'por enquanto ex' presidente Lula está indo por água à baixo?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ONU: só por dinheiro!

Estamos acompanhando estarrecidos o desastre anunciado na região serrana do Rio de Janeiro, o que nos deixa perplexos quanto ao descaso administrativo dos poderes executivos nele envolvidos. Além disso, pergunta-se se alguma entidade ligada a direitos humanos ou de classe não agirá em favor do povo brasileiro, pedindo o indiciamento de todos os administradores negligentes envolvidos nesta tragédia, crime claramente tipificado em nosso Código Penal como Homicídio Culposo, aquele que é consumado por imprudência, imperícia ou negligência. Acredito ser esta a única forma de se coibir novas catástrofes iguais.

Da mesma forma que no Rio de Janeiro, o mundo ainda se vê às voltas com uma tragédia ocorrida há um ano no Haiti, terremoto implacável que dizimou cidades, pessoas, estruturas, vidas. Nada foi feito em prol daquele povo que padece de um sofrimento aparentemente eterno e insolúvel, tal como acontece em relação às nossas enchentes e secas.

O que mais chama a atenção é que, assim como aqui, no Haiti nenhuma medida realmente eficaz é tomada pelas entidades ditas sérias para que se resolva de uma vez por todas as causas que continuam a explicar as mesmas mazelas ano após ano, governo após governo, esperança após esperança.

O que faz a ONU - Organização das Nações Unidas - em favor de povos realmente carentes e necessitados de assessoria e voz? Esta organização, teoricamente com poderes acima das próprias nações isoladamente, tem o condão de interferir na ordem mundial para minorar o sofrimento de povos reféns de maus administradores, apesar de nada fazer neste sentido. Vemos sua interferência 'ágil e eficaz' apenas quando se trata de interesses econômicos de alguns poucos países, eximindo-se num silêncio sepulcral de expressar sequer opinião acerca de qualquer aspecto diferente deste.

Assim como quando uma empresa decreta falência é nomeado um curador da massa falida, na tentativa de reerguer-la, o Haiti necessita de uma intervenção, de uma invasão que seja, de uma tomada até para solucionar de vez a situação dramática daquele povo que vive à míngua e com o chapéu na mão em busca de uma simples refeição diária.  A ONU deve 'tomar' o Haiti para somente devolvê-lo numa situação humanitária minimamente aceitável à condição humana, abrindo processos na corte de Haia contra todos os seus ditadores por crimes contra a humanidade.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Contribua com mais essa!

Ano após ano acompanhamos sensibilizados trocentas campanhas sociais através da mídia: Criança Esperança, Teleton, Amigos da Escola, e por aí vai. Nelas, o povo brasileiro, solidário e sensível por natureza, é 'utilizado' como um belo disfarce a encobrir a incompetência e má-fé do poder público, que desvia verbas importantes da educação, saúde, infra-estrutura entre outras e tenta tapar o buraco com nossas doações em verbas, tempo e trabalho voluntário.

Sei que é muito difícil fechar os olhos às necessidades de alguns tão desassistidos e que nosso impulso inicial é de contribuir, de apiedar-se, de culpar-se um pouco por termos o suficiente enquanto outros tantos nem sequer o básico. Como agir nessas situações de penúria que vemos a todo momento em nosso país e que parecem sempre insolúveis? Apesar de em outros países haver solução pra tudo, no nosso, contraditóriamente, nunca há real solução pra nada! Além do mais, quem consegue fiscalizar eficazmente o destino dessas verbas milionárias que se doa em todas essas campanhas? Você que doou, tem absoluta certeza de que sua doação foi utilizada para favorecer a quem realmente necessitava? No Brasil? Você tem certeza?

Neste momento de mais uma catástrofe no Rio de Janeiro temos, mais uma vez, que doar, por pura solidariedade mesmo! Mas façamos, depois, a maior e mais eficaz doação que é possível para minorar o sofrimento de todos os necessitados do nosso país, e de uma vez só: NÃO REELEJA MAIS NINGUÉM! MUDE A TODOS OS QUE HÁ ANOS VIRAM AS COSTAS AO PAÍS E QUE SÓ FICAM DE FRENTE PARA SEUS BOLSOS! EXTIRPE O POLÍTICO PROFISSIONAL, NOSSO CÂNCER SOCIAL!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Crédito concedido; pagar, como?

Lembro de uma reunião que tivemos quando a empresa decidiu abrir contas em um banco oficial para todos os funcionários, visando facilitar o pagamento mensal e sua própria segurança. Medida bem pensada e que traria benefícios a todos, vez que não se transitaria mais com valores em espécie e nem ela, empresa, estaria com o caixa tão alto nesses dias de pagamento.

Recebemos a visita de um gerente deste banco nos informando de todas as 'imensas facilidades' que o banco ofereceria e das 'vantagens' de sermos seus clientes. Por conta desta parceria, o banco estava disponibilizando para todos os funcionários um cheque especial de valor igual ao salário percebido, inclusive para os que ganhavam salário mínimo, sem maiores explicações sobre sua utilização ou consequências.

Tive que me adiantar e esclarecer aos funcionários mais simples, e sem o hábito das transações bancárias, o que significava este cheque especial, que não era salário, apesar de figurar sempre em seu saldo. Que tivessem muito cuidado quando fossem utilizar fundos da conta, para que não confundissem o seu salário com os recursos do banco, além uma breve explicação sobre a cobrança dos juros compostos caso utilizassem seus limites especiais. No que mais me empenhei foi para explicar o sacrifício que fariam para cobrir o cheque especial, caso o utilizassem.

Notícia de agora do Diário do Grande ABC, por sua colunista Gilmara Santos, trata de informação dada pelo Serasa mostrando o aumento de 46,3% na concessão de crédito pessoal para a camada da população que ganha até $500,00, em 2010. Nas camadas de renda mais elevadas, o aumento foi muito menor.

Esta claro que esta camada da população acredita bem mais na propaganda da excelente situação do país alardiada pelo governo e que, bem sabemos, não passa de marketing e distorção de fatos. O país não está com sua dívida externa paga; não estamos com a dívida interna sobre controle; o país não cresce como deveria.

E quando esta bolha de confiança estourar, como farão para cobrir suas parcelas embutidas em altas taxas de juros? E se o crescimento do país não se sustentar nos níveis esperados e os postos de trabalho começarem a fechar?

Da mesma forma que foi covarde a concessão do cheque especial aos funcionários de baixa renda sem as devidas explicações, o governo ilude o cidadão e o torna mais um refém desses bancos, que tirarão até suas calças mais tarde.

Lula olhou pra trás!

Por aqui costuma-se dizer que quando alguém migra do interior para a capital e continua com os mesmos hábitos, como comer de colher, falar e escrever meio errado, usar roupas mais simples, acordar com os galos e ir dormir com o sol, é porque olhou pra trás quando saiu. O espírito do interior acompanha a todos que saem e olham pra trás! Essa é uma máxima antiga aqui no lado de lá do Ceará.

Presentes levados em 11 caminhões, férias em 'resort' militar, passaportes diplomáticos. Até onde se sabe, o "por enquanto ex" presidente Lula parece já estar sentindo saudades do poder. Quem prova caviar tenta deixar a rapadura de lado. É outra máxima daqui.

Olhar pra trás só é salutar quando se tem a intenção de voltar em breve e, por isso mesmo, não se quer perder a mão, o jeito, o espírito do lugar. Acredito que o "por enquanto ex" presidente Lula olhou pra trás quando pegou aquele avião de volta a São Bernardo do Campo, o que não parece ter acontecido quando fez o caminho inverso. Também, quem não olharia, tendo vivido o que ele viveu e passando a ser o que ele por enquanto ainda é: uma bolha de unanimidade!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Calma, bonitão!

Não incomum nos depararmos com a intolerância, a falta de paciência e a precipitação humanas. Na vida de todos há exemplos claros desses deslizes terrenos e que só no céu pode-se esperar diferente.

Acompanhamos atentos e ansiosos o desenrolar dos primeiros momentos do novo governo Dilma Rousseff incapazes de prognósticos minimamente prudentes. Há um achismo midiático intenso. Articulistas visionários exercendo suas mais tresloucadas previsões, baseados em fatos extremamente frágeis e de poucas pistas. Patriotas anônimos - como eu - distribuindo atestados de competência ou incompetência. Julgamentos sumários de cada pequena atitude e deduções definitivas de estilo nas simples aparições em sacadas. Houve até quem dissertasse longamente acerca de como será a gerência rígida e, ao mesmo tempo, descontraída de nossa presidente nas quatro paredes palacianas. Ah!!!

Claro que existe a tendência de tirar conclusões rápidas, tendo em vista as delicadas situações iniciais que se criaram quanto às parcas nomeações do PMDB; com a inércia silenciosa do PSDB; com as belas cagadas finais do 'por enquanto ex' presidente Lula  e com a herança que ele legou, como a compra dos novos caças, a reforma política, o aumento do salário mínimo - que ainda vale para barganha -, o caso Battisti, etc, etc, etc.

Mas nada disso pode ser conclusivo quanto ao que será o governo Dilma. Não! Sinto que teremos que dar mais tempo pra que deduções um pouco mais lógicas nos cheguem aos olhos. Sejamos mais pacientes e tolerantes com aquela que assume meio que no susto uma cadeira tão importante, e que está e será vigiada bem de perto pelo que acabou de levantar.

Quem sabe não somos surpreendidos por boas medidas, por bons projetos, por limpeza política, por retidão de governo! Quem sabe!!! Mas...como não sou ninguém importante nem influente, ainda acho que não!