segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Inocente perdão.



Escoava-se pela pena em rabiscos, absorto em devaneios típicos da saudade.
Não percebia entre frestas o lume a lhe tocar a face, o luar que sorrateiro espreitava.
Cheio do encanto que vivera, assediando sem consolo a própria alma,
Desprende da mão a letra tocada de sentimento; uma lágrima. Nada escrevera!

Tornou de onde veio com o afã do encontro, louco de pesar pelo tanto que não fizera.
Perdera-se num ponto qualquer de si mesmo quando esperou ser mais do que era.
Esperança de aceitação, único desejo agora, razão única de voltar.
Já, de si, nada a mais esperava.

De tudo o que recebera, o sorriso foi mais marcante, espalhado no rosto daquela com quem tanto sonhara.
Pula em seus braços doce menina, que das poucas realizações, a que de fato amava.