segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Templo da Distância

Não é mais o tempo o que mais temo
Mas a distância que dele me faz prisioneiro
Preso num esperar sem fim
Sem passar, um nunca chegar

Como uma rosa ao seu espinho
Intrínseco na concepção
Devo à distância o tempo
A furtar alentos, as matizes que tenho

Sou nuvem que espera ser chuva
Um sol para nada irradiar
Vento que sopra sem balançar
Areia inútil de praia deserta.

Hoje, no nublado do dia é que me vejo
Tal mancha borrada em um espelho torto
Sem mais coração para chorar 
Tudo se resume num lento esperar.

8 comentários:

  1. Olá, Valcir.

    Muito alegre pela sua volta, amigo, ainda mais em grande estilo. Refletir sobre o tempo é sempre refletir sobre si. Belo poema!

    Abraços.

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  2. Grande Marcos, amigo das boas letras!
    Agradeço muito o belo comentário. Grande abraço!!!

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  3. Exercitando a espera, vivemos o dia e encurtamos assim, as distâncias.
    Gostei, poeta!
    Um abraço!

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  4. Linda e gentil essa Rita Schultz.
    Como agradecer a visita e o comentário dessa poeta que tanto admiro!!!

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  5. Sou nuvem a esperar pela chuva e pela espera do tempo que conta dentro de mim...

    Lindo!!

    Abraços

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  6. Suzana... que gentil!!! Agradeço muito! Beijão!

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Valcir Machado