segunda-feira, 23 de abril de 2012

Escapada.

Fujo da tristeza por atalhos que ela desconhece,
E planto novas raízes onde doces aromas suaves a assustarão.
Uso as mesmas sandálias surradas dessa vida - únicas comigo,
Sequer disfarço novos rastros, nem temo mais uma solidão.

Desisti de percorrer as mesmas veredas

A me levarem de volta aos mesmos caminhos.
Conhecidos caminhos que me retiveram nas veredas,
Desesperança em velhos confusos carinhos.

Sigo, e à frente apenas folhas, flores, rumos a perder de vista,
É meu ofício agora seguir, afora sonhar meu sonho.
À sombra de palmeiras gigantes, disfarces do céu que já não via,
Flutuo alheio em vento lento, leve, alento, risonho.