quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A inversão... maléfica!!!


Infelizmente não está muito longe de vermos nossas mulheres bebendo cachaça nos balcões dos botecos de quinta categoria, cuspindo no chão, dando uma pro santo, coçando os peitos, indo aos estádios em grupos, conversando sobre futebol e homens gostosos e caindo bêbadas na rua, com seus homens indo pra casa decepcionados por suas atitudes, morrendo de vergonha dos vizinhos e dos filhos e pleiteando separações nas esferas judiciais com pedidos de pensão.

O que está acontecendo com a família, com os deveres, com as responsabilidades, com os papéis de cada um, enfim, invertendo-se?

É certo que nossa sociedade vivenciou, há tempos atrás, uma época nefasta de extrema desvalorização da mulher; injusta, bem sabemos, injustificável, recriminável mesmo. Porém, o processo em que a sociedade está imersa e que se observa sem nenhum esforço é tão nefasto quanto àquele.

O que elas estão querendo, vingança? E será que este sentimento de vingança nos conduzirá, a todos, a uma sociedade melhor, mais justa, mais humana, mais familiar, mais eficaz? Repetir os erros de ontem, só que às avessas, resolve todos os problemas criados por uma sociedade que foi injusta em seus conceitos e atitudes? Será uma evolução ou uma involução?

Estamos vivenciando uma fase preocupante. Nossa geração, especialmente a nossa geração, está vivendo a massacrante era da inversão dos papéis: mulher virando homem e homem virando mulher; mulheres preocupadas apenas com seu sucesso profissional e deixando a família em segundo ou terceiro planos, exatamente da mesma forma que outrora era tão absurdo e recriminado na atitude do homem.

No que isso resultará senão numa nova e tão doente sociedade quanto foi a anterior, onde um submete ao outro a humilhações e desconsiderações, sacrificando a família da mesma forma, por fim! Que caminho é este que estamos vendo ser trilhado e aceitando passivos e complacentes? Será que realmente acreditamos que o melhor caminho é a pura e tranqüila inversão dos papéis? Ou, não será o equilíbrio de importâncias e responsabilidades dentro da família ao que todos almejam, e que, no início deste processo, foi apregoado pela própria mulher?

Raciocinemos: nesta fase de transição, estamos vivenciando a falta de critério e respeito na formação de nossos jovens; presenciamos um desmando geral e em todos os sentidos; nossos jovens não respeitam mais nem aos pais, nem ao padre, nem aos mais velhos, e, menos ainda, às autoridades. E credito tudo isso à ausência dos pais em suas formações, pelo excesso de trabalho de ambos e pela inadequação das escolas para suprir tal falta. Não que a escola deva substituir aos pais; não, claro que não... mas ninguém, nem os pais e nem as escolas, está formando o caráter de nosso filhos, antes papel predominantemente da mulher dentro do lar, enquanto o homem era exemplo de profissional e de autoridade. O pai era o mantenedor; a mãe a formadora.

Que tipo de sociedade nos espera daqui a 10 anos? A mesma de há 30 anos atrás? E porque, então, estamos passando por todos esses transtornos? De que está valendo todo o sacrifício a que estamos nos submetendo, nós homens, a todas as separações nos casamentos, a todos os desgastes emocionais, a todas as concessões, a todas as decepções? Estamos abrindo mão de pequenas coisas no dia-a-dia sem nem percebermos as conseqüências disso, e fomentando, com esta atitude, algo que em nada melhorará a vida de nossa sociedade. Vale à pena tudo o que estamos passando? Estou tendo o correto discernimento do atual contexto?

Chegamos ao ponto do homem ser mais apaixonado pela mulher que a mulher pelo homem!!! É ou não é uma completa inversão dos papéis?

Hoje o homem preza mais a manutenção da família que a mulher. Chegamos, a meu ver, no ápice da inversão; no limite, por certo. Quem faz mais para manter a família unida, junta, coesa, hoje, é o homem! A mulher está pouco se lixando para isso, contanto que não interfiram em sua liberdade, em seu trabalho e nem lhe tirem os filhos.

E aí?

Chegamos ao cúmulo da prepotência, descabida, por certo, de se ter uma música amplamente veiculada aonde a compositora se diz "...sou linda, ABSOLUTA, sou fulana de tal!!!"! E olhem que esta compositora está anos luz distante de uma Bruna Lombardi ou uma Luiza Tomé, só pra exemplificar!!! Quanta prepotência; que absurdo; que arrogância!!! Isto deixou, há muito, de ser uma simples e justa luta por valorização para se transformar em desafio, disputa por poder, por espaço, excesso de vaidade, ou seja lá o que mais!

Contraditoriamente a tudo isso, a mulher continua se dizendo admiradora do cavalheirismo, do romantismo, do galanteio, do companheirismo, da gentileza masculina. Até exige de nós estas "qualidades"! Excelente situação: ela se exime de seus papeis familiares como a administração do lar, de assessoria aos filhos, de atenção ao marido, da feminilidade, do carinho, da meiguice e do afeto, e permanece querendo que tenhamos as mesmas atitudes valorizadoras de outrora. Esquece, ela, que o homem era cavalheiro e tudo aquilo lá para protegê-la, para retribuí-la pela atenção recebida dentro do lar e pelo cuidado com seus filhos! Que tipo de retribuição elas acham que estão merecendo hoje? Elas estão preocupadas apenas com suas próprias necessidades, desprezando completamente as nossas. Endureceram suas atitudes, mas, no entanto, continuam esperando, de nós, músicas apaixonadas como "Rosa", do grande mestre Pixinguinha! Engraçado mesmo, né!!!

Ela, a mulher, está "delegando" suas funções dentro da família e do lar para que o marido as assuma, e permanece exigindo as mesmas contrapartidas que nós homens lhes dispensávamos como reconhecimento ao seu grande papel cumprido! Quer melhor? Tenta, ela, se livrar da parte "ruim" que lhes cabia e, como se não bastasse, passa a exigir apenas a parte boa de nosso papel, sobrando para nós homens simplesmente o que não lhes serve: carregar o bujão de gás ou o garrafão d'água para cima; de levar o carro na oficina ou de lavá-lo; de resolver os problemas elétricos, hidráulicos e de alvenaria dentro das casas; de enfrentar marginais para defende-las; de agüentar seus maus humores periódicos e "plenamente justificados" com o argumento de TPMs; de ir com elas ao shopping e ver loja por loja – o que para nós é um verdadeiro inferno! -; de consertar máquinas; e por aí vai.

Resumindo, ela, a mulher, está pacientemente mantendo e aumentando seus privilégios dentro das relações, inclusive transferindo os nossos para ela mesma, e nos deixando apenas com a parte ruim dos dois. Conseguem perceber esse processo!!!!!!!!

Há o argumento de que hoje em dia o salário da mulher é necessário para a manutenção básica da família. Claro! Há tempos atrás, o homem trabalhou muito para que os filhos e até a própria mulher estudassem. Prova clara é que hoje o tempo de escolaridade da mulher é superior ao do homem. Com isso, ela passou a disputar o mercado de trabalho em melhores condições até, óbvio.



Entendamos, então, o que aconteceu: o mercado de trabalho não cresceu o suficiente para absorver esta mão de obra feminina que surgiu quase que instantaneamente; e mais barata. Os homens começaram a perder seus empregos para as mulheres e a terem seus salários achatados pela "invasão" destas mulheres nos seus mercados, mais estudadas e tão capazes quanto os homens. Com o salário passando a ser menor ou até inexistente, o homem não conseguiu mais suprir as necessidades básicas de sua família, passando a precisar do complemento do trabalho profissional da mulher. Caso este processo não tivesse ocorrido, se a mulher não tivesse aumentado a oferta de mão de obra, desvalorizando-a – lei de oferta e procura -, o homem ainda estaria mantendo sua família perfeitamente bem e, quem sabe, até com um aumento médio de salário.
Chegamos, de certo, a um ponto em que não se poderá mais retroagir para re-direcionar o rumo das coisas. Mas temos a obrigação de planejar melhor, de negociar direitos e concessões, papéis e obrigações dentro das famílias para que não tenhamos a destruição total desta instituição tão básica para a sociedade e para o bem viver de todos.

Homens e Mulheres... pensemos: estaremos todos, daqui a pouco tempo, vivendo sós e com nossas famílias desestruturadas, lamentando muito, e tardiamente, toda essa pequena guerra que se está travando sem um objetivo tão nobre assim, mas de conseqüências realmente maléficas para todos!

4 comentários:

  1. Odeio falar contigo sobre o assunto.
    Na verdade, nossa opinião é exatamente oposta sobre isso.
    Nem li o texto integral por quase "nojo" que senti de tudo o que tu escreveu.

    Só me resta resumir isso em uma palavra: machismo.
    Agora a culpa é só nossa pelo mundo estar do jeito que está, ou seja, pelo mundo estar uma merda.
    Ok, então.

    [E não vale levar pro lado pessoal. Quem vos escreve é uma cidadã, e não sua filha.]
    bjo!

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  2. Sua opinião realmente é sempre muito tendenciosa quando se trata de assuntos ligados a este tema.
    Sua cidadania, para ser plenamente exercida, deve passar, invariavelmente, pela isenção de paixões nos raciocínios e conclusões.
    Se nem leu até o final, vou desconsiderar seu comentário!
    Beijod o pai!

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  3. Belo texto!

    Tambem sinto falta da delicadeza feminina no mundo, nas familias.
    Tambem acho um absurdo ligar a tv e ver tanta barabaridade, do tipo : - danca ordinaria! (e um monte de mulheres dancando e rindo, achando tudo isso lindo).
    Tambem acho um absurdo essa mania do ser humano (isso nao eh soh defeito de mulher) achar q eh ABSOLUTO.


    "Porque a mulher é uma boneca de louça. Ao mesmo tempo que ela é preciosa, ela também é delicada. Mas nós somos muito fortes. As mulheres fazem muitas coisas ao mesmo tempo, têm uma capacidade impressionante de ser ao mesmo tempo tantas."
    Angela Guterrez.

    Por que uma boneca de louca esconderia sua delicadeza, sua beleza, seus encantos sob uma mascara de ferro? Será que faltou protecao? Cade os homens protetores? Quantas bonecas de louca foram quebradas?

    Concordo com sua desilusao. Mas acredito que, em meio a todo esse caos, ainda existe muita boneca de louca. Elas apenas estao usando mascaras de ferro.

    Talvez estejam esperando um cavalheiro, um homem q lhe de uma rosa, que cante e toque violao sob sua janela. Ou talvez esperem zelo, carinho, afeto, reconhecimento. Talvez esperem apenas alguem que possa tocar seu lindo rosto de louca sem quebra-lo.

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Valcir Machado