segunda-feira, 23 de abril de 2012

Escapada.

Fujo da tristeza por atalhos que ela desconhece,
E planto novas raízes onde doces aromas suaves a assustarão.
Uso as mesmas sandálias surradas dessa vida - únicas comigo,
Sequer disfarço novos rastros, nem temo mais uma solidão.

Desisti de percorrer as mesmas veredas

A me levarem de volta aos mesmos caminhos.
Conhecidos caminhos que me retiveram nas veredas,
Desesperança em velhos confusos carinhos.

Sigo, e à frente apenas folhas, flores, rumos a perder de vista,
É meu ofício agora seguir, afora sonhar meu sonho.
À sombra de palmeiras gigantes, disfarces do céu que já não via,
Flutuo alheio em vento lento, leve, alento, risonho.

6 comentários:

  1. Sem mais palavras... apenas profundo e belo! E que se faça doce todo o caminho por fazer.

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  2. Sigo, apenas sigo, sem rodeios, o caminho das flores e das folhas perdidas no chão...

    Beijos querido!

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  3. São nossos caminhos que devem ser percorridos, (per)seguidos!

    Gentis demais essas queridas amigas Mena e Suzana!
    Agradeço muito a visita e os lindos comentários!
    Beijos!

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  4. É passando pela tristeza que avistamos o oásis da poesia.

    Beijos

    http://penseecorra.blogspot.com.br/

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  5. Rachel... que lindo!
    Muito grato pela gentil visita!

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  6. 'Fujo da tristeza por atalhos que ela desconhece.'

    É necessário. É o meio que temos...
    Obrigado pela dedicatória que me trouxe até aqui.
    São escritos que chegaram num momento oportuno.

    Parabéns pela desenvoltura com as palavras.

    Abraço!

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Valcir Machado